sábado, 29 de outubro de 2011

Liberdade



A que prazer

Não cumprir um dever,

Ter um livro para ler

E não o fazer!

Ler é mançada,

Estudar é  nada.

O sol doira

Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,

Sem edição original.

E a brisa, essa,

De tão naturalmente matinal,

Como tem tempo não tem pressa...

Livro são papéis pintados de tinta.

Estudar é uma coisa que está indistinta

A distinção entre nada e coisa nenhuma.



Quanto e melhor, quanto há bruma,

Esperar por D.Sebastião,

Quer venha ou não!



Grande é a poesia, a bondade e as danças...

Mas o melhor do mundo são as crianças
Flores, música, o luar, e o sol, que peca

Só quando, em vez de criar, seca.



O mais do que isto

  Jesus Cristo,

Que não sabia nada de finanças

Nem consta que tivesse biblioteca...


Fernando Pessoa

Um comentário:

  1. Quanto orgulho de ser a 01 no blog de quem eu amo muito. Parabéns pelo bom gosto, Marina.

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